Alfredo Marceneiro canta È Tão bom Ser Pequenino
Letra de: Carlos Conde
Música: Corrido ou Mouraria
É tão bom ser pequenino
Ter pai, ter mãe, ter avós
Ter esperança no destino
E ter quem goste de nós
A velhice traz revés
Mas depois da meninice
Há quem adore a velhice
Para ser menino outra vez
Ser menino que altivez
De optimismo e desatino
Ver tudo bom e divino
Tudo esperança, tudo fé
Enquanto a vida assim é
È tão bom ser pequenino
Ver tudo com alegria
Sem delongas sem demoras
Viver a vida numa hora
Eternidade num dia
Ter na mente a fantasia
Dum bem que ninguém supôs
Ter crença sonhar a sós
Com a grandeza deste mundo
E para bem mais profundo
Ter pai, ter mãe, ter avós
Ter muito enlevo a sonhar
Acordar e ter carinho
Ter este Mundo inteirinho
No brilho do nosso olhar
Viver alheio ao penar
Deste orbe torpe ferino
Julgar-se eterno menino
Supor-se eterna criança
E num destino sem esperança
Ter esperança no destino
Oh! Desventura, Oh! Saudade
Causas da minha inconstância
Dai-me pedaços de infância
Retalhos de mocidade
Dai-me a doce claridade
Roubando-a ao tempo atroz
Eu queria ter a minha voz
Para cantar o meu passado
E é tão bom cantar o fado
E ter quem goste de nós
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